sexta-feira, 24 de junho de 2011

O morro dos ventos uivantes

Mostraste-me agora o quão cruel tens sido. Cruel e falsa! Por que me desprezaste, Cathy? Por que traíste o teu próprio coração? Não tenho sequer uma palavra de conforto para te dar. Tu mereces tudo aquilo por que estás a passar. Mataste-te a ti própria. Sim, podes beijar-me e chorar o quanto quiseres. Arrancar-me beijos e lágrimas. Mas eles queimar-te-ão e serás amaldiçoada. Se me amavas, por que me deixaste? Com que direito? Responde-me!
Por causa da mera inclinação que sentias pelo Linton? Pois não foi a miséria, nem a degradação; nem a morte, nem algo que Deus ou Satanás pudessem enviar, que nos separou. Foste tu, de livre vontade, que o fizeste. Não fui eu que te despedacei o coração, foste tu própria. E, ao despedaçares o teu, despedaçaste o meu também. Tanto pior para mim, que sou forte e saudável. Se eu desejo continuar a viver? Que vida levarei quando... Oh! Meu Deus! Gostarias tu de viver com a alma na sepultura?