segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Who's is the face in the mask?


O medo pode se transformar em amor.
Você vai aprender a ver, a encontrar o homem por trás do monstro.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Your song


How wonderful life is, now you're in the world!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Correndo para os seus braços

Ele estava lá, com os braços estendidos na minha direção, eu só precisava correr para ele. Meus passos eram atrapalhados, na ânsia de tê-lo de uma vez para mim, meus pés já não obedeciam ao certo meus comandos. Era como se eu estivesse aprendendo novamente a andar - mas para um caminho diferente.

No momento em que seus braços contornaram meu corpo e que eu repousei minha cabeça em seu ombro, tive certeza de que aquele era o meu lugar... Aquele era o abraço que eu sonhara por tanto tempo e que agora não queria mais que tivesse fim. Eu sentia o cheiro que vinha de sua roupa, um perfume tão bom que descrever seria impossível. Na verdade, eu mal acreditava que aquilo estava realmente acontecendo - mas estava.

Eu o abracei ainda com mais força e então o soltei. Olhei em seu rosto e ele sorria para mim - o sorriso mais bonito que eu já havia visto. É até engraçado pensar que eu havia viajado horas para vê-lo e agora estava ali, feito uma boba por conta de um sorriso. Ah, mas o sorriso justificava! Na verdade, qualquer coisa que viesse dele justificaria aquelas horas dentro de um avião na expectativa de chegar logo. Agora ele estava ali, na minha frente, ao alcance de minhas mãos.

Quando toquei no seu rosto eu senti a textura da qual meus sonhos eram feitos. Poucos na vida têm a oportunidade de tocar em seus sonhos, poder enxergá-los em sua frente sem o medo de acordar... E vejam só! O meu estava ali, parado, apenas esperando que eu falasse algo.

Tomei coragem e abri a boca: -Olá!

Ele pegou na minha mão, me puxou pra perto de si e me beijou. Foi aí que a nossa história finalmente começou. ;)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Divinorum

Acreditei em uma história que eu mesmo inventei. Acreditei numa mentira que criei pra te deixar ficar. Mas a verdade é que preciso te falar: Eu achei que estava certo me entregando a você, descobri que estava apenas me escondendo de viver. Agora entendo eu nunca tive medo de me machucar. Prefiro sentir saudades, prefiro me arriscar.

Em algo mágico que traga algum alívio. Existe a dor eu sei mas encontrei você... Pra me anestesiar, pra me entorpecer. Pra me fazer ignorar os meus problemas. Pra me envenenar e pra me distrair, pra me fazer acreditar que vale a pena!

Eu construí a tua imagem da maneira que eu quis e não notei que estava muito perto, não consigo ver. Por isso vou olhar de longe pra entender. Não digo que é tua culpa a escolha que eu fiz, mas descobri que não é isso que eu quero para mim. Agora entendo que fui eu que escolhi me machucar. Prefiro a ingenuidade, prefiro me arriscar;

Pulei pra destruir o chão, não pra sentir as mãos querendo me parar. Sabia o que iria acontecer... Eu tentei me ferir, eu não tentei voar. A experiência pode ser apenas repetir o mesmo erro sem saber que errou!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

- Garçon, uma dose de amnésia e duas de desapego, por favor.

- Vai uma de amor também ?

- Não, não. Deixa pra outro dia...

domingo, 7 de novembro de 2010

À partir de agora, não tem mais volta

Fantasma: Você veio até aqui em busca de seu mais profundo anseio. Em busca daquele desejo que até agora continua em silêncio. Eu a trouxe aqui para poder fundir e incorporar as nossas paixões. Em sua mente você já se rendeu a mim, baixou todas as defesas, rendeu-se completamente a mim. Agora você está aqui comigo, não há mais nada em que pensar... Você já decidiu. Decidiu.
À partir de agora, não tem mais volta. Não deve mais olhar para trás. As nossas brincadeiras de faz-de-conta agora terminaram. Não existe mais "se" nem "quando", é inútil resistir. Abandone todos os pensamentos e deixe o sonho entrar. Que fogo furioso pode fazer transbordar a alma? Que farto desejo pode destrancar essa porta? Que doce sedução nos aguarda? À partir de agora, não tem mais volta. É o ponto final. Que segredos ardentes e ocultos iremos aprender? Agora que não tem mais volta.

Christine: Você me trouxe àquele momento em que as palavras se esgotam. Àquele momento em que a fala desaparece ao silêncio. Silêncio. Eu vim até aqui sem saber ao certo o motivo. Na minha mente, já havia imaginado os nossos corpos se entrelaçando sem defesa e em silêncio. Agora estou aqui com você, não há mais nada em que pensar. Eu já decidi. Decidi.
À partir de agora, não tem mais volta. Não há como voltar atrás, a nossa peça sobre a paixão finalmente começou. Superando todo pensamento de certo ou errado. Uma pergunta final: Quanto tempo nós dois ainda temos que esperar para nos tornarmos um só? Quando o sangue começará a correr? E o botão adormecido florescerá? Quando as chamas finalmente nos consumirão?

Ambos: À partir de agora, não tem mais volta. Não há como voltar atrás. A ponte foi atravessada, fique e observe-a queimar. À partir de agora, nós não temos mais volta.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

500 dias com ela

Ele: Você nunca quis ser a namorada de ninguém e agora é a esposa de alguém...
Ela: Me surpreendeu também.
Ele: Acho que nunca vou entender. Quer dizer, não faz sentido.
Ela: Só aconteceu.
Ele: É, mas é isso que não entendo. O que só aconteceu?
Ela: Só acordei um dia e soube.
Ele: Soube o quê?
Ela: O que eu nunca tive certeza com você.

[Silêncios. Desilusão.]

Ele: Sabe o que é uma droga? Perceber que tudo em que você acredita é mentira, é uma droga.
Ela: O que quer dizer?
Ele: Sabe, destino, almas gêmeas... Amor verdadeiro e todos aqueles contos infantis... Besteira, você estava certa, eu deveria ter escutado.
Ela: Não.
Ele: Sim, por que está sorrindo?
Ela: Tom... [...] Eu estava sentada numa doceria lendo Dorian Gray, um cara chega pra mim e me pergunta sobre o livro e agora ele é meu marido.
Ele: É, e daí?
Ela: E daí que... E se eu... tivesse ido ao cinema? Ou tivesse ido almoçar em outro lugar? E se tivesse chegado 10 minutos mais tarde? Era... era pra ser. E eu só ficava pensando... “Tom estava certo.”
Ele: Não...

[Sorrisos.]

Ela: Sim, eu pensei...

[Cumplicidade.]

Ela: Só não era sobre mim que você estava certo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sobre a vida

É tão engraçado pensar que passamos a maior parte da nossa vida buscando alguém. Essa pessoa, que nem ao menos conhecemos o rosto, é dotada das mais admiráveis qualidades. A pessoa que buscamos, é (por que não dizer?) perfeita. Nada e nem ninguém pode manchar sua moral, e qualquer um que se atreva a ficar no caminho, é cruelmente punido.

Mais engraçado ainda é pensar que nunca ninguém vai encontrar com essa pessoa. A pessoa que buscamos, que queremos tanto conhecer não passa de um sonho, uma ilusão. Nós nos enganamos com livros, com filmes, com histórias de amor... Mas no fundo sabemos que nada disso existe, que a realidade é outra.

Cedo ou tarde cansamos de esperar a chegada desse príncipe/princesa e nos contentamos com o que a casa oferece.

"Nos contentamos" não é bem o termo certo, porque jamais vamos estar satisfeitos... Ao presenciarmos um erro (por menor que seja) da pobre pessoa que está substituindo a criatura perfeita que não conseguimos encontrar, não teremos pena. Massacraremos sem o menor dó, sem o menor peso na consciência. E não felizes em humilhar essa pessoa, nos sentiremos tristes - por termos desistido tão fácil na busca desse alguém.

Qualquer pessoa, por melhor que seja, jamais conseguirá preencher a lacuna que fica em aberto... A lacuna da pessoa ideal. E o pior de tudo, é que ela não pode fazer nada pra mudar. Por mais que suas atitudes sejam belas, por mais que tente sempre agradar - não se pode competir com o que não existe... Porque obviamente essa projeção da pessoa perfeita não tenha NENHUM DEFEITO sequer.

Até o dia em que a pessoa cansa. Sim, porque todo mundo um dia chega ao limite. A pessoa cansa de não ser valorizada, cansa de dar mais do que recebe e vai embora. Então, algo muito estranho acontece: a gente percebe que AQUELA era a criatura perfeita que tanto procurávamos. E agora? Como fazer para recuperar o grande amor?

Onde quero chegar? Nós nunca estamos satisfeitos com o que temos... Achamos que podemos ter algo melhor, que merecemos mais. Basta perdermos o pouco (que na verdade é muito) que temos, e perceberemos seu real valor.

"Quem escolhe demais, acaba sozinho."

Volte pra mim

Você diz que precisa ir e se encontrar. Você diz que está se tornando outra pessoa, que não reconhece o rosto que te encara no espelho. Você diz que está partindo conforme olha para longe. Eu sei que não há nada mais para dizer, apenas saiba que estarei aqui quando precisar de mim. Eu esperarei por você.

Então eu te deixarei ir, te libertarei. E quando você tiver visto o que você precisa ver, quando você se encontrar, volte pra mim!

Não se apresse, eu não vou a lugar algum. Te vejo com o vento no seu cabelo. Manterei suas coisas exatamente onde você as deixou, estarei aqui por você. Espero que você encontre tudo o que precisa, estarei exatamente aqui esperando para ver você se encontrar. Volte pra mim!

Não posso me aproximar se você não está lá. Não posso entrar, se não há alma para descobrir. Não posso te consertar, não posso te salvar, isso é algo que você precisa fazer.


(Come Back to Me - David Cook)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O errado

É proibido. Tá bom, entendi! Só não ache que, porque eu entendi, eu vou obedecer.

A sociedade é cheia de regras, de leis, de ordens... Tudo, certamente criado para o bem geral, para o melhor convívio das pessoas. Sim, disso eu não tenho a menor dúvida, mas não quer dizer que eu pretenda cooperar.

Existem situações em que o correto não é o que queremos. Nós não queremos uma carta escrita com todo o cuidado em letras lindas, mas sim um bilhete amassado com poucas palavras - aquelas que tanto sonhamos ouvir/ler.
Há dias em que não queremos formalidades, educação... Queremos mesmo é um contato pele-a-pele, sem frescura, sem rodeios.

Que bom seria se pudéssemos matar essa vontade com coisas pequenas como essa... Seria tão mais fácil, tão mais leve... Mas não! É tão humano querer sempre o mais difícil, o mais trabalhoso - ou melhor dizendo: o proibido.
Não sei quem foi que disse que tudo o que é proibido é mais gostoso, mas essa pessoa, sem dúvida nenhuma, sabia muito bem o que estava falando.

"Você não pode sair de casa esta noite." Hm, mesmo? Que interessante, de repente te dá uma vontade louca de sair, dane-se pra onde, o importante é sair de casa. Aliás, o importante mesmo é não obedecer.
E esse é apenas um dos muitos exemplos que eu poderia citar, já que na vida o que não faltam são proibições e restrições.

Eu, particularmente, adoro fazer as coisas erradas, as coisas do modo mais difícil. Por que? Por puro prazer, oras! Sei que muitas vezes o objeto/meta que desejamos tanto alcançar acaba não correspondendo as nossas expectativas... Mas a graça mesmo é tentar, é correr os riscos.

Pobre daquele que nunca quebrou regras, que não faz o errado pra matar suas vontades. Esse sim, vai morrer arrependido de nenhuma vez ter dado-se ao luxo de viver - sem ligar para as tais regras.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sobre os planos

Tem dias em que o que mais queremos é paz, tranqüilidade... Sossego! Queremos nos sentar e olhar o nada sem que nos questionem o motivo disso. Apenas ver o tempo passar de uma forma mais simples, mais calma, mais NOSSA.

Mas também existem aqueles dias em que nada é o bastante. Nada nos satisfaz, nós queremos sempre mais! Mais ação, mais aventura, mais risadas, mais beijos... Enfim, o infinito é o limite para nossas vontades.

Só que nem sempre as coisas são do jeito que queremos. Nem sempre naquele dia em que queremos tranqüilidade, nós teremos. Talvez tenhamos um dia DAQUELES, e já de noite, com a cabeça no travesseiro, teremos a sensação de que - embora não tenha sido como se quis - foi melhor do que o planejado e tudo acabou dando certo.

"Dar certo" nem sempre quer dizer a mesma coisa que "como o planejado". Todo mundo sabe que certas coisas não podem ser planejadas. Podemos fantasiar, podemos sonhar, mas jamais decidir o que os outros farão. Além de ser impossível, acaba se tornando até frustrante para quem planeja.

Nós podemos ver alguém, conversar com alguém - mas o que acontecerá nesse encontro ou nessa conversa é um mistério. Tudo pode acontecer, inclusive nada. Pode até parecer engraçado, mas é a verdade! Existem tantas possibilidades, que apostar suas fichas em uma só, chega a ser burrice.

...

Existem dias em que acordamos com uma vontade maluca de ver alguém, de abraçar alguém... Nós nos sentimos sozinhos se não temos a quem direcionar nossas vontades e então planejamos em nossas mentes encontros cinematográficos. Pra que? Apenas para nos sentirmos mais frustrados ainda ao final do dia.

Se as pessoas parassem de querer organizar, de mandar, de planejar tanto seus dias, elas teriam menos decepções. Talvez assim elas pudessem acabar o seu dia de domingo sentadas em uma praça, sentindo os braços daquela pessoa envolta de seu corpo... E então perceberiam que deu tudo certo - mesmo não havendo plano algum. ♥

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sobre a ansiedade

"Eu só agi com ele/a como eu gostaria que agissem comigo."

Pode até ser. Só que somos pessoas diferentes, com gostos diferentes e com personalidades totalmente diferentes. O que nos faz conviver em harmonia? Bom-senso, eu diria. Tolerância. Enfim, são tantas e tantas coisas que existem para equilibrar nosso mundo, que apontar uma como a principal seria totalmente equivocado.

Há pessoas que gostam de café, outras já preferem chá. Vá saber! São tantas possibilidades. Mas se quisermos aprender, teremos que observar. De boas intenções o inferno está cheio, já disse alguém. E essa é uma das maiores verdades. Nenhuma atitude (por mais bem-intencionada que seja), surtirá o efeito desejado, se feita as pressas. E assim tudo funciona... Principalmente em relação a pessoas.

Você conhece um cara, acha ele maravilhoso. Secretamente está até se imaginando casada com ele - haha. Okay, isso ninguém vai saber! Fantasiar não é pecado, mas aí mora o perigo. Existem pessoas que não sabem controlar a ansiedade. Imagine só, você (homem) mal conheceu a menina, e ela já te liga desesperadamente 13 vezes ao dia. Se você não atende, é pior ainda. Ela continua ligando pra saber porque você não atende.

Parece exagero, não? Mas acontece! E MUITO. E não pensem que é só mulher que faz o papel de neurótica, porque não é. Tem muito homem grudento também. Quer saber onde está, com quem está, o que tá fazendo. Só não pergunta se a pessoa já foi no banheiro, porque isso seria constrangedor (normalmente as pessoas se sentem constrangidas quando se toca no assunto 'cocô', já repararam?). Sendo que muito pior são essas 'abordagens' desnecessárias.

Enfim, eu tô aqui enrolando mas só tem uma coisa que eu quero dizer: -Gente! Relaxem! Ninguém vai tirar o pai da forca. E é impossível que um dia ou dois sem notícia da tal pessoínha possa matar. Duvido muito! Faz até bem. Nada melhor do que deixar pra lá (ou como eu dizia, pra tirar onda com a minha prima: 'bota na mão de Deus'), dar um tempo. Pode ter certeza de que se o interesse for recíproco, a pessoa VAI te procurar. Ela não vai casar do nada, não vai atar um namoro porque você 'esqueceu' dela por dois dias. Não vai se mudar pra Finlândia (sei lá) pra estudar filosofia (?).
E já se não for, melhor! Assim você se manca de uma vez, toma vergonha na cara e para de ser burro. HAHA Que pau no cu eu fui, mas é assim, gente! Existem pessoas que dão corda, que parecem gostar da gente, mas que se sumirmos, nem vão notar... Ou só notam quando estão sozinhas num domingo de tarde e ninguém convidou pra fazer nada.

Então é isso! Vamos com calma que ainda estamos em 2010. Até 2012 muita coisa vai acontecer. (:

sábado, 26 de junho de 2010

Maravilhoso

Se eu me apaixonasse por você, você me entenderia, querido? O amor é estranho, eu pintei um coração pra você e me esforcei para permanecer dentro desse limite. Eu perdi a cabeça! Eu realmente não posso acreditar que me perdi de novo.
Tenha o meu amor, meu bem! Você está procurando por algo maravilhoso? Porque eu sou, maravilhosa, eu sou!

Me leve para passear! Talvez fiquemos um pouco bêbados num lugar em que nunca estivemos antes. O tempo não é nada além de uma linha, nós deixaremos tudo pra trás. Isso seria tão incrível, incrível!


Você esta procurando por algo maravilhoso? Porque eu sou. ♥ (Wonderful - Lady Gaga)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Muito tarde para te dizer agora

Eu deveria ter amado você melhor. Eu deveria ter segurado você apertado. Eu deveria estar naquelas noites longas e solitárias... Eu deveria ter lido suas cartas, eu deveria ter atendido o telefone. Eu deveria ter ficado com você, eu não precisava ir. E se tivesse tido outro caminho eu teria feito tudo de novo.

Eu não acho que eu alguma vez te disse o que você significava pra mim, porque eu me lembro quando você me puxou de volta, você colocou minha cabeça no lugar certo. Posso voltar para você de alguma maneira? Agora é muito tarde para te dizer? Muito tarde para te dizer agora.

Gostaria de poder te ver sorrir, gostaria de segurar sua mão. Gostaria de poder voltar atrás e te fazer entender que eu apenas estava preso numa vida de erros, e eu apenas fugi de você. Eu estou arrependido agora por tudo que eu fiz você passar. Eu estou arrependido agora, eu vejo agora, nós nunca fizemos isso no entanto. Eu estou arrependido agora!


Eu deveria ter amado você melhor, eu deveria ter segurado você apertado. Eu deveria estar lá!

Too Late to Tell You Now - Burn Halo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Livre desse problema

Me olhe agora e eu serei uma nova pessoa. Meu coração será indestrutível, ele estará aberto a todos, menos para você.

"E uma parte de mim ainda acredita quando você diz que ficará por perto. E uma parte de mim ainda acredita que podemos encontrar uma maneira de resolver isto... Mas eu sei que tentamos tudo que podíamos tentar, portanto, vamos somente dizer adeus, para sempre."

Out From Under - Britney Spears


terça-feira, 18 de maio de 2010

Sobre as coisas que pensamos saber

Nós juramos conhecer algumas pessoas como a nossa palma da mão. Principalmente nossos 'amigos'. Nós defendemos, compramos brigas que não são nossas... Enfim, fazemos o diabo a quatro pra ajudar os nossos amiguinhos. A questão é: Realmente os conhecemos?

A cada dia que passa, vejo que não. Não conheço mais as pessoas que eu chamava de amigos... Não vejo mais nessas pessoas, as qualidades que antes eu julgava que tinham. Minha culpa, claro! Nenhuma delas fingiu ser o que não era. Quem viu demais nelas fui eu... e isso é o que mais me dói. Me dói saber que todas as vezes em que apoiei essas pessoas, foi uma perda de tempo.

Sei que nem sempre as coisas são assim, e que uma vez a cada um milhão de anos encontramos um amigo de verdade, mas isso não faz eu me sentir menos mal. Me sinto mal pensando que confiei em quem não merecia. Me sinto mal lembrando das vezes que emprestei meu colo para que esses estranhos chorassem. Me sinto mal por minhas expectativas terem sido frustradas.

O que mais quero agora é me deitar e esquecer de tudo... Deixar tudo pra lá. E como eu queria que essa fosse a parte fácil...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sobre a separação

Nós saímos daquele bar juntos e resolvemos caminhar um pouco, antes de irmos embora. Tínhamos marcado aquele encontro com a unica intenção de acertamos o final daquela relação. Se eu tentasse imaginar esta cena há algum tempo atrás, eu simplesmente não conseguiria... Mas agora vejo que de todas as atitudes que tomamos, essa foi a mais certa.

Ele me olha e sorri, ainda meio desconcertado - acho graça.

-É estranho, depois de todos esses anos, de repente vejo que não te conheço mais. A menina por quem me apaixonei naquela noite não existe mais... Não vejo nenhum rastro dela em você. O seu sorriso, embora seja o mesmo, já não me faz sentir um frio na barriga. Por que? Por que tudo mudou? Eu te amava tanto. E eu ainda te amo... Será que nós não poderíamos tentar de novo?

Penso se devo mesmo responder. Quando saí de casa não me preparei pra uma conversa tão pessoal. Achei que falaríamos de papéis, de propriedades... Não de sentimentos e de mudanças.
Decido dar uma chance para aquele diálogo - mesmo sabendo que não deveria.

-O meu sorriso é e sempre foi o mesmo... Quanto ao seu frio na barriga, não sei ao certo. Na época em que você sentia isso, não me conhecia verdadeiramente, e agora conhece. Você sentia porque eu era um mistério, algo novo... Totalmente inédito pra você. Por que sentiria ainda, sendo que já fomos casados e você sabe tudo sobre mim?

Ele vacila. Aproveito esse momento e prossigo:

-Fábio, pensei que já tínhamos conversado sobre isso. Pensei que estávamos entendidos quanto aos motivos da nossa separação. Eu te amava, mas você me traiu. Do que adianta agora tentarmos descobrir onde foi o erro? O erro foi seu, foi meu... Foi nosso. Não quero mais pensar nisso. Tudo o que eu quero é poder seguir com a minha vida. Você fez parte da minha história, e eu sempre vou lembrar com carinho dos dias que passamos juntos... Mas por favor, entenda que este é o meu passado. Não quero ter que conviver com ele pelo resto dos meus dias. Respeite minha vontade e não me procure mais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Das lembranças

Ainda lembro do dia em que nos conhecemos. Sua roupa, seus cabelos... O jeito de caminhar e a maneira que me olhou. Se eu fechar meus olhos agora e me concentrar naquele momento, quase posso sentir as suas mãos na minha cintura e seu beijo no meu rosto.
Parece que foi ontem, e talvez tenha mesmo sido. Talvez tenha sido no mês passado, no ano passado... Já não importa. Tanto faz.

Naquele tempo as coisas eram tão diferentes. EU era tão diferente. Lembro de algumas palavras que eu dizia naquela época, e que depois ficaram tão vazias... A ponto de eu nunca mais querer usá-las. E é tão estranho para mim que eu ainda sinta falta do seu riso, que eu ainda sinta saudades de pegar na sua mão para atravessar a rua.

Você nunca me ensinou nada e nem foi alguém presente na minha vida.... E talvez por isso, eu tenha desejado TANTO ter você comigo... Pelo simples fato de ser algo que eu não podia ter.

E é por isso que eu resolvi te escrever! Eu cansei de sentir a sua falta e de pensar em você o tempo todo. Tenho que aprender a me ver livre de suas recordações... Você é apenas um fantasma que serve para me lembrar que meus finais de semanas jamais serão como aquele. E agora isso até me alegra. Nada foi tão bom que tenha justificado o vazio que se seguiu.

Você sabe meu número, mas por favor, não me ligue... Afinal de contas, você não vai estar aqui quando eu precisar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Depois do fim

E se eu te pedisse desculpas por tudo o que te fiz passar? Eu sempre quis me desculpar por te fazer chorar. Desde o dia em que te vi, parado naquela estação, minha vida nunca mais foi a mesma. Lembro de todas as vezes em que você tentou me ajudar, e que em troca, teve apenas meu desprezo. Todas as noites em que você deitava do meu lado, eu te via chorar... Mas nunca tive coragem de te abraçar e dizer que sentia muito (porque eu sentia). Apenas fingia que estava dormindo, e isso é uma vergonha.

Chega uma hora em que desculpas não adiantam mais, mas se eu pudesse fazer com que você me ouvisse de coração aberto... Talvez eu pudesse te contar das noites em que eu não dormi, pensando nas lágrimas que você chorou por mim. Eu te fiz sofrer tanto, e nunca demonstrei o menor arrependimento... A menor consideração para com você.

É engraçado eu falar sobre isso agora. Sei que de nada vale te dizer que ainda penso em você e que daria tudo para consertar as coisas e apagar toda a dor que te fiz passar. Fui tão egoísta, pensando apenas em mim, o tempo todo. A minha angústia, as minhas preocupações... Sempre vieram antes das tuas. Tudo que dizia respeito a você era deixado para segundo plano. Como pude?

E quando eu te vi com a sua mala nas mãos, dizendo que aquele era o nosso último adeus... Eu não esperava por aquilo. Sempre pensei que você estaria ali, comigo, o tempo todo. Foi um golpe duro demais... E isso sim é que é engraçado! Eu te tratei mal durante todos aqueles anos e no momento em que você tomou a atitude certa (que era se afastar de mim), eu vi o quanto precisava de ti. Mas já era tarde demais...

Sobre o ciúme

Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso...que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatória apaixonada que não é a minha, os resquícios do manuseio de outras mãos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou corações onde só havia minha dor e eu discordei da interpretação alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo. Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo. Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração.
*
*
Marla de Queiroz

Do outro lado da ponte

Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto.E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.
*
*
Marla de Queiroz

O amor irá nos separar

Estive pensando em quantas vezes o amor separa as pessoas... Quantas situações já não vimos de casais que se amam, mas esse amor nunca é o suficiente para mantê-los juntos? As pessoas sofrem muito mais quando amam, e talvez sofram mais ainda quando este amor é correspondido. Sofrem por ciúmes, sofrem por saudades, sofrem por amar.

O amor, que todos dizem que é lindo, não é tão bonito se olhado de perto. O amor machuca, degrada e (como disse no título do texto) separa. Separa as pessoas da realidade, faz com que elas vejam a realidade de uma forma distorcida. Por que, então, passamos a vida atrás desse tal amor? Por que pessoas se casam? Eu gostaria tanto de saber...

Talvez tenha ocorrido alguma falha enquanto o amor era projetado. Talvez o amor tenha um prazo de validade... Não é possível que um sentimento como este esteja fazendo cada vez mais pessoas infelizes. Era pra ser para sempre, mas não é. Chega um momento em que o amor separa e nada mais pode consertar e unir de volta os pedaços...

sábado, 1 de maio de 2010

Alice

– Mas eu não quero me encontrar com gente louca. – observou Alice.
– Oh, não se pode evitar – disse o Gato – todos são loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca.
– Como sabe que eu sou louca? – indagou Alice.
– Você deve ser. – respondeu o Gato – ou então não estaria aqui.

(Do livro Alice no país das Maravilhas)

sábado, 24 de abril de 2010

O caçador de pipas

"Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente a variação do roubo. Quando você mata um homem, está roubando uma vida. Está roubando da esposa, o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai. Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça [...]" (O Caçador de Pipas)

domingo, 11 de abril de 2010

A medida que o tempo passa...

A medida que vamos crescendo, vamos deixando para trás certos valores que nos farão falta. Deixamos no caminho o respeito, a amizade, o companheirismo. A lealdade. Nós esquecemos de quanto é bom um abraço sincero, um beijo de boa noite e um sorriso inesperado. Sinto que, ao invés de progredirmos, estamos cada vez mais e mais afastados do que já sonhamos ser.

Já sonhei ser tantas e tantas coisas, que hoje em dia, passo longe de ser. Já quis ser professora, já quis ser atriz, já quis ser cantora. Ainda sou uma estudante. Já sonhei em me casar vestida de noiva, entrar na igreja de véu e grinalda. Já pensei em ter filhos. Hoje em dia não penso mais em nada disso. Eu perdi a fé, a esperança.

Acho que esse é o ponto: a falta de fé.

Eu não acredito mais na boa vontade das pessoas. Se alguém se mostra gentil demais, logo desconfio. Aprendi, do jeito mais difícil, a não confiar. Acho tão raro alguém fazer algo por mim apenas para ser legal, que se o fazem, logo suspeito - e com razão.
Mas como eu queria poder sorrir pra alguém na rua, desejar um 'bom dia' e ser correspondida sem maldade. Eu adoraria poder ser o que sou de verdade, sem medo do que podem pensar. Gostaria de poder ver a alma, lá dentro, e saber que todos se sentem como eu.

Sinto saudades do tempo em que sim, significava apenas sim. O não, apenas não. Sem mais. Hoje somos cheios de jogos, de obrigações. Nós dizemos sim, quando queremos dizer não. Dizemos não, quando o que mais temos vontade, é falar sim. Ou situações em que nos calamos, quando o que mais queríamos mesmo, era gritar. E por que? Por que ficamos tão covardes? Eu gostaria tanto de saber...

-

Se você não quer que eu parta, então não me mande pra longe. Melhor você estourar outras luzes, você pode observá-las, todas elas se apagarem. Mas eu não vou a lugar nenhum, eu vou ficar! Quando você simplesmente quiser brigar, quando você estiver fechando seus olhos, porque você não quer me amar. Eu vou ficar! Você não pode me mandar para tão longe, não há espaço no meu coração, onde eu não queira te amar. ♥ (JM)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

No trem

Hoje em dia vemos leis e regras em todos os lugares, e em transportes públicos não poderia ser diferente. Vemos bancos destinados a gestantes, deficientes físicos, pessoas com criança no colo e idosos. Óbvio que o bom senso por vezes nos faz dar nossos lugares para pessoas com essa descrição, mesmo não estando ocupando os lugares destinados a estes.

Eu sou uma pessoa que constantemente se vê levantando a bunda do banco e chamando algum velhinho pra se sentar onde eu estava. Não vejo mal nisso, afinal de contas, não vou morrer de ficar um pouco em pé. E com certeza, eu gostaria que fizessem isso por mim, caso eu precisasse. Okay, faço essas pequenas boas ações (que normalmente ninguém percebe) e me sinto melhor.

Hoje no trem, vi uma cena um tanto quanto legal.

Eu fui a primeira a entrar pela porta e consegui o último lugar no banco. Sentei e sorri de satisfação. Tá, não durou muito. Logo em seguida entraram no vagão um casal de idosos. Suspirei, chamei a senhora e cedi meu lugar. Logo em seguida a menina que estava sentada ao meu lado deu seu lugar ao senhor que havia entrado, e tudo ficou bem. Mas a medida que as estações iam passando, e as pessoas entravam e saiam fui percebendo como tem gente non sense.

Eu fiquei de pé em frente aqueles bancos destinados pro pessoal que precisa. E nele se encontravam dois indivíduos que não tinham necessidade alguma de sentar. Uma mulher que devia ter os seus 30, e o que me parecia ser o marido dela, este pelos 40 (no mínimo), Mesmo assim, não tinham nada de errado, poderiam estar de pé que nem eu (que sou deficiente mental).

Logo mais entra um outro senhor de idade mais avançada, cabelos branquinhos e uma maleta na mão. Fiquei olhando pros dois 'queridinhos' sentados naquele banco, esperando pra ver. Estavam os dois, muito bonitos, lendo jornal. HAHA Juro que senti vontade de perguntar porque eles não levantavam a bunda do banco e cediam pra alguns dos 3 ou 4 velhinhos que estavam de pé. Resolvi ficar quieta. Sou uma pessoa estúpida, ia acabar arranjando confusão no metrô.

O velhinho veio andando, pôs a maleta naquela parte pra malas mesmo, encima dos bancos. Mas pôs exatamente encima do banco daqueles dois bonitos. Aí comentou com um senhor que estava do meu lado, que era uma falta de respeito esse pessoal sentado enquanto tinha gente ali que precisava bem mais de um banco. Eu já ri, prevendo que ali ia dar alguma coisa. Sempre tive vontade de fazer barraco no trem, essa poderia ser a minha chance.

Dali a pouco o senhor perguntou pros dois sentados por que não davam lugar pra uma senhora que estava de pé com umas sacolas enormes. Eles se fizeram de 'Óh, que injustiça', mas deram o lugar. Mas a maldita da senhora obesa que tava com as sacolas deu uma de troxa e disse que ia descer na próxima estação. Coisa que ela não fez, e como via que os dois que estavam sentados antes não ia descer tão cedo - e que tão pouco voltariam a sentar, já que tava todo mundo olhando, resolveu sentar. Ao sentar, olhou pra mulher que tinha levantado e disse: -Quem não tem condições de andar de trem, que não ande. E SORRIU.

Aí eu emputeci.

PORRA! COMO TEM GENTE MAL AGRADECIDA NESSE PAÍS.

O senhor fez aqueles dois bocós levantar pra ela sentar, deu o lugar dele praquela velha gorda imprestável (porque ele poderia muito bem ter sentado só ele), pra ela puxar o saco daquela idiota que estava sentada no lugar errado. Ah, vá se catar! Tive vontade de dizer: -Não gostou, levanta a bunda gorda do banco e dá o lugar pra quem não tá bem de pé.
Tá, fiquei quieta de novo. Não ia me estressar com gente ignorante que nem ela, que não soube agradecer o senhor que conseguiu a porcaria do lugar pra ela.

Na estação Canoas o senhor desceu. Aí até os dois que geraram o início da confusão já tinham descido. A gorda eu nem vi onde desceu, porque nesse ponto até eu já tinha arrumado um lugarzinho pra mim. HEHE Também sou filha de Deus, né?! Merecia dar uma sentadinha. Mas deixo bem claro, não tinha mais nenhum necessitado de caridade de banco. (:

Assim termina meu relato. E repito o que o cara do metrô sempre diz: -SENHOR PASSAGEIRO, SEJA SOLIDÁRIO. DEIXE LIVRES OS BANCOS PARA GESTANTES, PESSOAS COM CRIANÇAS NO COLO, IDOSOS E DEFICIENTES FÍSICOS. Pode ter certeza que isso vai te livrar da situação embaraçosa que os dois panacas sofreram hoje. ;) Fica a dica.

domingo, 4 de abril de 2010

Sobre os erros

Por algum motivo que eu desconheço, o ser humano é um tanto quanto desprezível. Nós fazemos juras de amor, nós fazemos promessas, nós sonhamos. Pra que? Nossos desejos nos traem a todo instante. Nós somos seduzidos, e a partir daí, não lembramos de nada do que prometemos até então.

Dizem que a carne é fraca. Se é desculpa furada, não sei, mas que muitas vezes os desejos nos dominam... Isso todo mundo sabe que é verdade. Óbvio que o bom senso não some, pessoas que têm uma boa índole dificilmente sucumbirão a desejos malucos por um tempo determinado, em troca de um pouco de diversão. Mas como nem todo mundo é dotado de caráter, é mais ou menos aí que a putaria acontece.

Sabemos que amor é único na vida de uma pessoa. Ela pode viver sem muito dinheiro, sem muitos amigos, sem muitas posses... Mas experimente deixá-la saber que é pouco amada. Eu, particularmente, odiaria saber que não tenho ninguém que me ama. É triste e revoltante saber que ninguém pensa em mim quando coloca a cabeça no travesseiro. E estou falando sério.

Já provei do gosto da tentação, já cedi aos desejos da vida. Foi bom... Mas foi bom na hora. Não acho que tenha sido uma experiência formidável. Mostrou apenas que sou suscetível a aventuras. Tá, e daí? Aventura não vai me dar uma vida feliz, não vai me abraçar todas as noites pra dormir e fazer carinho na minha cabeça. Aventura não vai constituir uma família feliz, uma viagem a dois e muito menos um patrimônio.

O que quero dizer... As vezes temos tudo para sermos felizes. Nós temos um par, nós temos amor, nós temos estabilidade. E o que fazemos? Jogamos tudo fora por um momento de... De que, mesmo? É como a gente sempre ouve alguém dizer 'Eu nem sei o que tinha na cabeça. Eu não sentia nada por ela/e'

sábado, 13 de março de 2010

Sobre o adeus

Ontem a noite, ele finalmente me disse adeus. Me abraçou uma última vez, e então se foi. Fiquei ali, apenas olhando aquela cena. Aquele triste final. Para onde ele fora, talvez eu jamais saiba... Mas se me perguntarem a quantidade exata de passos que ele deu, a medida que se afastava; isso eu jamais poderia esquecer.

Por que?

Acho que nunca vou entender realmente o que aquela última noite significou para ele. Talvez não tenha nem significado algo. Minhas fantasias me confundem, e se eu tivesse que decidir o que fora real ou não, eu simplesmente não conseguiria. Penso que só vejo o que quero em situações como essa.


Ilusão.

Pode ser. Nunca ouvi da boca desse estranho que tanto roubava meu tempo, as palavras que sempre esperei ouvir. Nunca senti a chama ardente nos olhos, no toque, no coração. Quando nos deitávamos a sós e eu conseguia sentí-lo respirar junto de mim, eu sabia que ali era o meu lugar, a onde eu pertencia. Mas e agora, da onde sou? A que lugar realmente pertenço, se já não tenho mais os braços dele para retornar?

terça-feira, 9 de março de 2010

No carnaval

Eu sempre pensei que fosse uma pessoa de sorte - tá, nunca pensei, mas deixe-me fingir por alguns momentos. Até que ontem, quando estava indo para o carnaval no centro, deparei-me com uma figura muito estranha. O cara veio andando na minha direção, calça larga, boné sujo, tênis rasgado e uma puta cara de marginal. Pensei comigo -Fudeu.

Tive vontade de dar meia volta, acelerar o passo e me sumir. Tá, até podia funcionar... Mas se ele quisesse mesmo me assaltar, não ia dar outra; ele ia sair correndo atrás de mim e podia ser até pior. Então que fosse ali, no meio da rua (por mais que estivesse deserta), assim ele só me assaltaria - isso na minha cabeça. Resolvi dar uma de macho (coisa que eu não pareço nem de longe), levantei a cabeça, estufei o peito e continuei andando.

A cada passo meu, eu ia me apertando. Cara, pra quê dar uma de corajosa? Vou perder meu celular, meus documentos, meu MP3... Tudo pra dar uma de malandra? Ah, não! Droga, mas já é tarde demais. Ele está a menos de 10 passos (cinco meus e cinco dele). A cada passo meu coração dá umas quatrocentas batidas por segundo, e o cara vai se aproximando... Se aproximando. "PORCARIA! Nunca gostei de carnaval, pra quê que resolvi vir esse ano? Pra ser assaltada?". Tá, isso não tá ajudando.

Quando estamos frente a frente, ele abre a boca. Nem sei o que pensei, mas cheguei a fechar os olhos. O cara diz 'Hey, que horas são?'

Pára tudo, eu tava me apertando por causa de um cara que me pede as horas? Que ridículo. Minha auto estima masculina caiu por chão. Que papo é esse de horas? Um baita dum cara, vestido do jeito que tá e vem com essa histórinha de horas? Ah, vá catar coquinho!

-Não sei, tô sem relógio. (Tri disfarçando, praticamente dizendo que não tenho celular, dinheiro e nem nada de interessante).
-Valeu.

E continuou caminhando.

Fiquei alguns milésimos de segundo parada, apenas tentando imaginar a cena vista de fora. Me senti mega preconceituosa com o cara. Tá bom que hoje em dia é perigoso sair de noite sozinha, mas só fiquei com medo dele pelas roupas e pelo jeito de andar. Se fosse um playboyzinho, eu nem teria ligado - e pode ser que esse sim, tivesse me assaltado.

Bom, por essas e outras dei meia volta e fui para casa. Melhor deixar o carnaval passar em branco - como sempre passou. (:

segunda-feira, 8 de março de 2010

A vida

Nunca pensei muito nas coisas que faço. Apenas as faço. Tá, pra ser franca, eu penso sim. Só que penso nas coisas que faço, quando acho que cometi um erro, quando acho que machuquei alguém. Quando vejo no rosto das pessoas que amo a desaprovação, o descontentamento. Não que eu seja alguém perfeccionista, que tenta apenas fazer o certo e que busca o apoio de terceiros, mas é que a pior coisa que existe é ver como um erro nosso pode entristecer outros.

As vezes páro - como agora, e vejo quantas bobagens já fiz. Quantas atitudes impensadas, quantas aventuras desnecessárias, apenas para me pôr no limite... Para me testar, seria a palavra correta. Quantos riscos corri, sem ao menos perceber. Acho que ainda estou inteira por um detalhe do destino. Dizem que algo (ou Alguém) protege aos bêbados, para que voltem vivos para casa, e eu acredito que essa mesma pessoa/sorte, se dirija a mim. Sou uma pessoa inconsequente, será que isso é algum crime?

Mas também páro e penso nas coisas boas que tirei de situações que tinham TUDO para dar errado. Vejo quantas pessoas legais eu conheci, quantas coisas boas aprendi, quantas risadas eu dei. Nada passa em branco. Até uma ida à padaria tem suas histórias, e olhe que eu tenho várias para contar.

Onde quero chegar? A vida é cheia de surpresas, de perigos, de felicidades. De bons e maus momentos, que nós - por bem ou não, somos obrigados a viver. Não nascemos para sermos reclusos em um mundo pequeno, em um quarto escuro, em uma cidade fantasma... Nós somos o que somos, temos o que temos para que cresçamos como pessoas, para que aprendamos dia após dia a dádiva que a vida é. Por vezes ela parece tão cruél, mas é assim que ela é! A vida é uma menina mal-criada, que um dia nos beija o rosto e no outro nos toca pedras. Cabe a nós descobrir como fazer com que ela nos beije mais do que machuque.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sobre o que sentir

Se eu tivesse que morrer nesse exato instante, não temeria. Pois nunca conheci plenitude como estar aqui, sentindo o seu calor, amando cada sussurro seu. Por que viver a vida de sonho em sonho, e temer o dia em que o sonho termina?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

É impossível ser feliz sozinho

"Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho."

Pois é, Sr. Tom Jobim... Quantos anos lhe foram necessários para que tu descobrisse isso? Juro que sempre levei essa música (Wave), como se fosse a maior besteira. 'Oras, que papo é esse de que é impossível ser feliz sozinho? É possível sim.', pensava eu. Quanta inocencia. Me peguei agora, há alguns minutos atrás, discutindo - no bom sentindo, com uma amiga minha sobre isso. Ela, assim como eu, também era totalmente avessa a opinião expressa na música. Olhe só, nós duas demos o braço a torcer e concordamos que não dá MESMO pra ser feliz sem ninguém.

A gente só sabe pensar em encontrar alguém, mesmo que inconscientemente. Nós nos produzimos para que nos olhem, nós nos perfumamos, nos penteamos, nos pintamos... Mas nada disso vai fazer diferença se não houver uma outra pessoa para nos admirar. Não vai adiantar nada comprar uma lingerie nova, se não tiver pra quem usar. Desculpe, mas não vejo motivos pra vestir uma cinta-liga, se for pra dormir sozinha.

Nós temos mania de querermos parecer auto-sufícientes, de não demonstrarmos fraqueza. Pra quê? Eu sou humana, desculpe! Eu PRECISO muito de alguém pra me abraçar quando eu estiver carente, numa tarde de inverno, embaixo dos cobertores. Preciso DESESPERADAMENTE de alguém para me ouvir contar uma piada - mesmo que eu conte piadas terríveis e de formas piores ainda. Resumindo, eu preciso de alguém comigo, para que eu possa me sentir feliz.

Eu não seria o que sou se não tivesse sempre alguém por detrás dos meus atos. Pode ter certeza absoluta que, se eu chego sorrindo, num dia em que (aparentemente) nada de especial aconteceu, uma outra pessoa me fez dar aquele sorriso. Pode ter sido uma coisa mínima, uma coisa pequena, mas que fez toda a diferença. Eu jamais sorrio por mim mesma. Não consigo me surpreender o sufíciente para me alegrar. NÃO SOU AUTO-SUFÍCIENTE. Não levem isso como um 'eu não me amo', porque eu me amo. Amo a mim primeiro, e depois aos outros. Mas me amo muito mais acompanhada, me amo sorrindo, me amo beijando outras bocas.

Isso! Beijo na boca. Já imaginaram a vida sem beijo na boca? Sem abraço. Sem sexo. Sem carinho. Sem confidências. Nada disso é possível sozinho. Não digo o 'sozinho' no sentido conjugal, porque nem sempre quem está casado, está bem acompanhado. Longe disso, não ponham palavras em minha boca... Mas é que, a vida se não for dividida com outras pessoas, não faz sentido nenhum.

Tom Jobim resumiu bem: -É IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sobre a LEALDADE

Lealdade. Quantos de nós já usamos essa palavra milhares e milhares de vezes? Nós cobramos isso das pessoas com as quais nos relacionamos, mas será que nós mesmos sabemos ser leais?

Acabei de ver o filme Sempre ao Seu Lado (título original Hachiko - A Dog's Story), e cheguei a conclusão de que lealdade e fidelidade são palavras que banalizamos. Nós usamos as palavras do jeito que nos convem usar, mas o significado real delas passa longe de nossos interesses mesquinhos.

Existem pessoas que não gostam de animais, que os maltratam. Mas alguém sabe me dar um exemplo melhor de amor e lealdade do que a adoração de um animal para com o seu dono? Animais não amam por dinheiro, por roupas caras ou por forma física. Tudo o que eles querem é atenção, é um gesto de carinho, um abraço. Tudo que eles precisam é de comida e água. Animais não precisam de carros importados e uma mansão para serem felizes.

Nós jamais veremos um cão ou um gato sendo falsos com alguém. Se eles não gostam, eles latem, rosnam, arranham. Pessoas não. Quando elas não gostam elas sorriem, elas são simpáticas.
Quer um amigo melhor do que um animal? Eles não se preocupam com nada além de sobreviver. Eles não prejudicam ninguém para se sentirem melhores. Eles são o que são. E só.

Lealdade é mais do que um sorriso quando alguém está na pior. A obrigação as vezes nos faz agir da maneira certa, mas não pelos motivos certos. Nós não abraçamos mais um amigo porque queremos dar aquele abraço, mas porque temos que dar.

Aconselho as pessoas que não gostam de animais a olharem esse filme, e terão um outro angulo para analizar. Já pra quem gosta (como eu), é uma ótima pedida para sentar e chorar - tá, eu choro em filmes. E daí? (:
Depois pensem bem se fidelidade vai ter o mesmo significado que antes.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Acima de qualquer suspeita

Hoje terminei de ler o livro 'Acima de Qualquer Suspeita'. Okay, confesso que eu não esperava pelo final. Muito bom o livro, aconselho se alguém quiser lê-lo. Mas o que eu quero mesmo é fazer uns comentários idiotas (bom, eu só faço comentários idiotas). Durante o livro, o autor (James Grippando) se refere a uma música chamada Thank You...For Funking Up My Life, do Donald Byrd. Não preciso dizer, que pelo título bem sugestivo, resolvi baixá-la logo que terminei de ler. Achei a música com a maior facilidade no 4shared. Então, coloquei para tocá-la no meu Media Player, onde tenho um plug-in que faz com que a letra da música apareça no lugar daquelas coisinhas que ficam se mexendo. Não apareceu a letra. Ela não constava no site do Terra.

Me indignei. Como assim, não consta?! Porra, cara. A música é um clássico de 78.

Okay, me acalmei. Pensei comigo "no Vagalume deve ter". Mas nem me dei ao trabalho de uma pesquisa direta. Fui no Google e joguei o THANK YOU FOR FUNKING UP MY LIFE e adivinhem o que encontrei? Nada. Simplesmente essa maldita letra não consta na internet. Como não cara. Tem vídeo no Youtube de um cara se matando e não tem a droga da letra dessa música do Byrd. VSF!

Tá. Esquecendo o episódio da música (que me frustrou bastante), o livro é realmente muito bom. Fiquei morrendo de curiosidade para saber quem havia matado a Jessie Merril... Na verdade a história toda envolve o leitor. Quando Swyteck está ferrado o bastante, a situação sempre, SEMPRE piora. Maldita lei de Murphy... Enfim, fica aí a minha dica. Pra quem gosta de histórias políciais essa aí é uma boa pedida.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dos conselhos

Durante nossas vidas ouvimos tantos e tantos conselhos, mas quem os segue? Ninguém. Nós cansamos de ouvir histórias e mais histórias iguais as nossas, e mesmo assim acreditamos que com a gente vai ser diferente. Quanta prepotência...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O encontro

Eu fiquei ali sentada esperando enquanto ele buscava um refrigerante de laranja. Nós haviamos nos conhecido há alguns minutos e eu realmente estava adorando tudo aquilo. Não foi como das outras vezes, quando um cara faz apenas uma cantada vulgar. Foi diferente, foi engraçado. Sim, foi engraçado, essa é a palavra certa! Jamais esperava que o cara que estava com aquela camisa listrada, totalmente fora de moda, estaria agora buscando pra mim um refrigerante - para compensar o que ele havia derrubado encima de mim, momentos antes. Como as coisas são engraçadas mesmo, porque ele acabou de me olhar e sorrrir... Um sorriso torto, envergonhado, mas ainda assim, um sorriso tão lindo.

Então ele veio até a mesa, sentou-se, pedindo mais uma vez desculpas por ter me sujado dentro do trem. Eu digo que está tudo certo, que ele já me explicou isso milhares de vezes antes e que, afinal de contas, a minha roupa nem sujou tanto (embora tenha sujado, sim). Ele sorri mais uma vez aquele sorriso e eu reparo que quando ele ri, a boca dele vai mais para a esquerda do que para a direita... Tendo visto isso, sorrio junto - me achando uma boba por estar ali, amando os pequenos detalhes daquele estranho.
Ele percebe o meu olhar e pergunta se disse algo de errado. Óbvio que não vou entregar o jogo. Disfarço e digo que não. Ele acredita (ou ao menos finge acreditar).

-Mas me diga, como é mesmo o seu nome?
Sorrio, dessa vez de satisfação. Ele quer saber de mim. Yes!
-Me chamo Fernanda, e você?
-Prazer, me chamo Marcos.

Entre informações comuns e sem importancia, descubro um pouco daquele homem que está sentado na minha frente. Agora já não somos completos estranhos, sei que seu nome é Marcos e que trabalha em um escritório contábil. Descubro que ele sonha em ter seu próprio escritório e tirar férias todos os anos (o que não acontece há 3). Mora num apartamento perto do centro da cidade, o qual divide com um amigo de infancia.
Descubro que ele gosta de sair a noite, mas não costuma fazê-lo por falta de tempo. Fico sabendo que gosta muito de vinho, mas que não dispensa uma cervejinha com os amigos.

-Mas me fale um pouco de você.

Droga! E agora? Sou péssima nisso. Tenho que me controlar para não parecer uma maluca, não posso falar demais.

-Sou fotógrafa. Bom, não exatamente fotógrafa... Quero ser, mas sou uma amadora por enquanto.

Aos poucos conto um pouco de mim. Ele ri, se surpreende. Talvez ele jamais esperasse ouvir que sou uma adoradora de animais, que eu canto todas as músicas que conheço junto e que gosto de jogar video game.
Tenho medo de dizer alguma bobagem e estragar tudo, mas dane-se.

19:27
Ele olha o relógio pela primeira vez desde que nos sentamos lá, há exatamente 2:30hrs atrás. Percebo que ele precisa ir, e então poupo-lhe a parte chata. Digo que está tarde, logo meu ônibus passa e que não quero perdê-lo. Ele ri, se levanta e me acompanha até o ponto.

-Sinto muito, gostaria de poder ficar mais. Sinto que deveria pedir pra te ver de novo, mas não vou pedir. Sinto que deveria te beijar, mas eu não vou fazer isso. Eu não sei exatamente o que dizer, mas...

E nesse momento ignorei o sorriso torto, os olhos azuis e o jeito conservador daquele homem. Nesse momento calei-o com um beijo.
Depois do beijo sorri, dessa vez sem vergonha alguma, disse tchau e entrei no ônibus - que acabara de chegar. Sentei no banco do fundo, na janela. Vi a maneira que pos a mão na cabeça, o modo que me olhava e tive tempo ainda de ver... Sim, o vi mais uma vez dar aquele mesmo sorriso de quando me comprava o refrigerante.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sobre os sentimentos

Será que o show tem mesmo que continuar? Quando você sentou ao meu lado na cama, naquele dia de manhã, e meu olhar continuou perdido pelas suas coisas. Eu senti que aquele momento era único, que era importante. Você ficou em silêncio também, pensando em coisas que eu jamais saberei o que eram. Nós estávamos tão perto e ao mesmo tempo tão distantes.

Lembra quando você disse que a sua opinião sobre mim continuava a mesma, desde o primeiro dia que nos vimos? Eu não te respondi, mas dentro de mim, eu concordei com todas as tuas palavras. Por que será que as coisas têm se tornado tão difíceis? Não que elas já tenham sido mais fáceis, porque não eram... Mas por favor, será que você poderia fazer com que tudo isso se resolvesse? Eu realmente não aguento mais a posição na qual me encontro.

Talvez se eu não tivesse brincado com coisas tão sérias, se eu tivesse escolhido as palavras corretas... Se eu tivesse te dito que acreditava em você, quando você disse que me ligou diversas vezes no dia em que a minha família quase diminuiu, agora esse texto tivesse um outro tom. Não acha?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sobre o que acontece

Existem pessoas e situações totalmente diferentes a cada dia. Nós nos vemos frente a frente com coisas que não sabemos lidar, com sentimentos que não queremos sentir, com figuras que não queremos reencontrar.
E daí? Daí que a vida faz as decisões sem o nosso consentimento. A gente não decide se quer ser assaltado. Nós JAMAIS (entenderam?), jamais mesmo seremos consultados sobre revermos um antigo amor, sobre voltarmos a ter certos sentimentos. Acontece e pronto. Nós que nos viremos com as consequência dessas tais escolhas que não nos pertencem.