segunda-feira, 26 de julho de 2010

O errado

É proibido. Tá bom, entendi! Só não ache que, porque eu entendi, eu vou obedecer.

A sociedade é cheia de regras, de leis, de ordens... Tudo, certamente criado para o bem geral, para o melhor convívio das pessoas. Sim, disso eu não tenho a menor dúvida, mas não quer dizer que eu pretenda cooperar.

Existem situações em que o correto não é o que queremos. Nós não queremos uma carta escrita com todo o cuidado em letras lindas, mas sim um bilhete amassado com poucas palavras - aquelas que tanto sonhamos ouvir/ler.
Há dias em que não queremos formalidades, educação... Queremos mesmo é um contato pele-a-pele, sem frescura, sem rodeios.

Que bom seria se pudéssemos matar essa vontade com coisas pequenas como essa... Seria tão mais fácil, tão mais leve... Mas não! É tão humano querer sempre o mais difícil, o mais trabalhoso - ou melhor dizendo: o proibido.
Não sei quem foi que disse que tudo o que é proibido é mais gostoso, mas essa pessoa, sem dúvida nenhuma, sabia muito bem o que estava falando.

"Você não pode sair de casa esta noite." Hm, mesmo? Que interessante, de repente te dá uma vontade louca de sair, dane-se pra onde, o importante é sair de casa. Aliás, o importante mesmo é não obedecer.
E esse é apenas um dos muitos exemplos que eu poderia citar, já que na vida o que não faltam são proibições e restrições.

Eu, particularmente, adoro fazer as coisas erradas, as coisas do modo mais difícil. Por que? Por puro prazer, oras! Sei que muitas vezes o objeto/meta que desejamos tanto alcançar acaba não correspondendo as nossas expectativas... Mas a graça mesmo é tentar, é correr os riscos.

Pobre daquele que nunca quebrou regras, que não faz o errado pra matar suas vontades. Esse sim, vai morrer arrependido de nenhuma vez ter dado-se ao luxo de viver - sem ligar para as tais regras.

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