Certamente somos responsáveis pelas coisas que nos acontecem... Mesmo que indiretamente. Nós somos responsáveis pelas amizades que perdemos, pelos amigos que fazemos, pelas pessoas que decepcionamos (e também pela forma que as decepcionamos). Nós todos estamos condenados a responsabilidade, estamos condenados pelo dever.
Por vezes tentamos de algum jeito empurrar esta culpa para outras pessoas. Passamos a nossa responsabilidade para as costas alheias, e por mais que os outros acreditem que a culpa não é nossa, sabemos intimamente que o responsável por aquela certa situação somos nós (ninguém além de nós mesmos)... E isso, meus amigos, é uma coisa trágica (de certa forma), porque por fora podemos estar felizes, sorrindo; mas por dentro só conseguimos nos sentir culpados.
É como se todos por quem passássemos na rua lêssem aquela plaquinha de culpado no meio da nossa testa. Ou vai dizer que não? Quando a gente sabe que cometeu um erro, começamos a achar que todos a nossa volta também o sabem.
Dizem que arrependimento não mata, mas eu acho que mata sim. Não é como um tiro ou um ataque cardíaco... Não mata instantaneamente. O arrependimento vai matando aos poucos, vai destruindo qualquer possibilidade de a pessoa se reerguer. Nós nos deitamos de noite, colocamos a cabeça no travesseiro e por vezes nem dormimos. Quando conseguimos dormir, temos apenas pesadelos. Aquilo lá dentro está grudado na mente, no inconsciente, no nosso mais profundo ser... No fim não há mais esperança, nós só queremos que tudo acabe...
II #saraunarede
Há 6 anos