terça-feira, 25 de setembro de 2012

Amor Fati



Scully: -Eu estava tão determinada em achar uma cura para você, que neguei aquilo que vi. Agora não sei o que é verdade, não sei quem devo ouvir, nem em quem confiar.

Mulder: -Já estive na sua situação. Não sabia em quem confiar. Escolhi uma nova vida, novo destino, onde encontrei minha irmã. E mesmo com meu mundo caótico e irreconhecível, algo permaneceu igual. Você foi minha amiga e me disse a verdade. Mesmo com o mundo em destruição, você foi a luz que me guiou.

Scully: -E você é a minha.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dear John.



“Pai, tem uma coisa que quero te contar. Lembra alguns anos atrás, quando eu levei um tiro? Quer saber a primeira coisa que me veio à mente, antes de eu desmaiar? Moedas. De repente, eu tinha oito anos novamente, e estava na Casa da Moeda dos Estados Unidos. Estou ouvindo um guia explicar como as moedas são feitas. Como são cortadas numa chapa de metal, margeadas e chanfradas. Como são cunhadas e limpas. E como todas as moedas são examinadas uma a uma, para o caso de ter passado uma com a menor imperfeição. Lembra disso, pai? Nossa viagem para a Filadélfia? Foi o que me passou pela cabeça. Sou uma moeda do Exército Militar Americano. Fui cunhado em 1980. Fui cortado por uma chapa metálica. Fui selado, limpo. E minhas bordas foram margeadas e chanfradas. Mas agora tenho dois pequenos buracos em mim. Não estou mais em perfeitas condições. Era só o que faltava, não é? Somos dois inúteis aqui. 
Tem mais uma coisa que quero te contar. Depois que fui baleado, um pouco antes de apagar, quer saber a última coisa que me passou pela cabeça? Eu te amo. Foi a última coisa em que pensei.”

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Willian

As pessoas dizem que não é normal sentir falta de alguém que eu não via todos os dias. Mas eu não acho... É complicado tentar explicar que mesmo longe, tu sempre esteve lá. Como eu posso dizer que toda semana a gente conversava, que a gente ria, brigava e ficava de bem?

Agora todos os dias eu me vejo repassando as coisas que nós fizemos juntos, me vejo sentada olhando pro nada, lembrando de ti. Lembrando dos filmes, das músicas, das limpezas. Lembro até da sua boca suja e dou risada... O que eu faço agora com as fotos que você me mandou? Com a nossa foto que você não gostava?

É estranho como eu ainda entro no MSN e te procuro lá, pra te contar do meu dia. Pra saber como você está. E me dói olhar pra nossa última conversa e saber que tu estava ansioso pra gente se ver. Eu só não sei por que tu fez isso. Por que tu desligou o telefone... por que tu não me esperou?

E as vezes eu até me sinto culpada. Se eu tivesse chegado mais cedo, se eu tivesse falado contigo antes... Eu fico imaginando se tudo isso teria acontecido. Eu fico querendo te salvar de várias maneiras, de todos os jeitos.

E agora eu só posso aceitar a sua escolha e acreditar que tudo está melhor. Que você não precisa mais suportar as coisas que sempre odiou... que não sente mais raiva. Que agora está em paz. E no fundo, eu tenho certeza de uma coisa: você está sempre comigo, meu amigo!

sábado, 14 de abril de 2012

Do lado de dentro.

"Vai, depois liga diz pra sua irmã passar, que eu vou mandar tudo que é seu que tem aqui. Tudo que eu não quero guardar, que é pra esquecer de uma só vez que este castelo só me prendeu, viu? Mas o universo hoje se expandiu... E aqui de dentro a porta se abriu!"
Los Hermanos

quarta-feira, 14 de março de 2012

Aí teve aquela cena também, de quando eu fui te dar tchau... E você olhou e me perguntou: "Não tô esquecendo nada?" E eu quis gritar: "Tá, tá esquecendo de mim!"
E você depois perguntou: "Não tem nada meu aí?" E eu quis gritar: "Tem, tem eu. Eu sempre fui sua."

Tati Bernardi

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Eu queria te contar...

Eu queria te contar que agora não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você. Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez. Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias… Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda…e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói. Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.
Caio F Abreu.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quadrilha

 João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili... que não amava ninguém! João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes - que não tinha entrado na história.
 Carlos Drummond de Andrade