terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Stardust.


Lembra quando eu disse que entendia um pouco de amor? Não era verdade! Eu entendo muito de amor. Eu já vi, eu vejo há centenas e centenas de anos. É a única coisa que faz suportável observar o seu mundo. Todas essas guerras, dor, mentiras, ódio, me fazem querer dar as costas e nunca mais olhar… Mas observar o jeito que a humanidade consegue amar… Pode procurar no mais longe recanto do universo e nunca vai encontrar nada mais bonito, por isso, sim! Eu, eu sei bem que o amor é incondicional, mas também sei que pode ser imprevisível, inesperado, incontrolável, incontido e estranhamente fácil de ser confundido com uma aversão… O que estou tentando dizer é que acho que amo você. Meu coração… é como se meu peito mal pudesse contê-lo! Como se ele não pertencesse mais a mim, mas pertencesse a você. E se você quisesse, eu não iria te pedir nada em troca! Nem presentes, nem bens, nem demonstrações de devoção, nada! Nada além de saber que me ama também. Só seu coração em troca do meu.”

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Romanticídio

Deixe-me ser e pare de dizer como devo me sentir.
Para ofender, para me proteger do mal.
Deixe-me ser!
A overdose de mentiras está me matando.
Romanticídio, até que o amor me separe.

Nightwish

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Strip-Tease

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.
(Martha Medeiros)

domingo, 2 de janeiro de 2011

The pieces don't fit anymore



Bem, não consigo explicar por que isso não é suficiente, porque eu te dei tudo. E se você me deixar agora, apenas me deixe agora! É a melhor coisa a fazer... É tempo de se render, foi muito tempo fingindo. Não há mais utilidade em continuar tentando quando os pedaços não se encaixam mais.

James Morrison