sábado, 13 de março de 2010

Sobre o adeus

Ontem a noite, ele finalmente me disse adeus. Me abraçou uma última vez, e então se foi. Fiquei ali, apenas olhando aquela cena. Aquele triste final. Para onde ele fora, talvez eu jamais saiba... Mas se me perguntarem a quantidade exata de passos que ele deu, a medida que se afastava; isso eu jamais poderia esquecer.

Por que?

Acho que nunca vou entender realmente o que aquela última noite significou para ele. Talvez não tenha nem significado algo. Minhas fantasias me confundem, e se eu tivesse que decidir o que fora real ou não, eu simplesmente não conseguiria. Penso que só vejo o que quero em situações como essa.


Ilusão.

Pode ser. Nunca ouvi da boca desse estranho que tanto roubava meu tempo, as palavras que sempre esperei ouvir. Nunca senti a chama ardente nos olhos, no toque, no coração. Quando nos deitávamos a sós e eu conseguia sentí-lo respirar junto de mim, eu sabia que ali era o meu lugar, a onde eu pertencia. Mas e agora, da onde sou? A que lugar realmente pertenço, se já não tenho mais os braços dele para retornar?

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