quinta-feira, 13 de maio de 2010

Das lembranças

Ainda lembro do dia em que nos conhecemos. Sua roupa, seus cabelos... O jeito de caminhar e a maneira que me olhou. Se eu fechar meus olhos agora e me concentrar naquele momento, quase posso sentir as suas mãos na minha cintura e seu beijo no meu rosto.
Parece que foi ontem, e talvez tenha mesmo sido. Talvez tenha sido no mês passado, no ano passado... Já não importa. Tanto faz.

Naquele tempo as coisas eram tão diferentes. EU era tão diferente. Lembro de algumas palavras que eu dizia naquela época, e que depois ficaram tão vazias... A ponto de eu nunca mais querer usá-las. E é tão estranho para mim que eu ainda sinta falta do seu riso, que eu ainda sinta saudades de pegar na sua mão para atravessar a rua.

Você nunca me ensinou nada e nem foi alguém presente na minha vida.... E talvez por isso, eu tenha desejado TANTO ter você comigo... Pelo simples fato de ser algo que eu não podia ter.

E é por isso que eu resolvi te escrever! Eu cansei de sentir a sua falta e de pensar em você o tempo todo. Tenho que aprender a me ver livre de suas recordações... Você é apenas um fantasma que serve para me lembrar que meus finais de semanas jamais serão como aquele. E agora isso até me alegra. Nada foi tão bom que tenha justificado o vazio que se seguiu.

Você sabe meu número, mas por favor, não me ligue... Afinal de contas, você não vai estar aqui quando eu precisar.

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