domingo, 1 de novembro de 2009

Na igreja

Hoje acordei e comecei a refletir sobre quantas coisas não estão legais na minha vida. Ontem eu fui na igreja com a minha mãe (fui de má vontade, diga-se de passagem), e comecei a pensar sobre tantas e tantas coisas durante a missa.
Começando pelo padre, ele era um cara bonito. Fiquei imaginando a vida dele longe daquele altar, fiquei imaginando como seria ter um relacionamento com ele (não entendam-me mal, um relacionamento pode ser apenas uma amizade), em como ele deve agir no dia a dia. Eu nunca tive um amigo padre, então isso realmente me deixou muito curiosa. Fiquei imaginando se ele realmente acredita naquela conversa toda que prega para as beatas da igreja, se ele acha mesmo que Deus vai nos recompensar por todo sofrimento com a felicidade eterna. Eu tenho minhas duvidas, eu não acredito que tenhamos que esperar a próxima vida para sermos felizes, acho que aqui onde estamos, temos total condição de obter a felicidade.
Fiquei imaginando se ele segue tudo o que a igreja ensinou ele, a risca. O que mais a gente ouve falar é de padres que têm uma mulher, eles têm filhos. Existem padres que estupram os coroinhas. E então? Acho totalmente idiota da parte da igreja católica proibir o sacerdote de se casar, pois eles o fazem do mesmo modo, por baixo dos panos mas aos olhos do tão temido Deus. Será que eles não têm medo? Será que eles perdem seu sono pensando se Deus gostaria dessa conduta, se Deus pensa que eles estão pecando?
Estou sériamente pensando em procurar um padre para esclarecer essas minhas duvidas, mas óbviamente eles vão agir daquela forma hipócrita, vão se esconder naquele véu de santidade e negar que essas coisas realmente aconteçam... E se aceitarem que isso ocorre, vão dizer que não são realmente tementes a Deus. Talvez o certo fosse encontra-los longe da igreja, longe do esconderijo. Seria muito interessante... Não acham?
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Depois disso, comecei a reparar em um menino sentado na minha frente, a cada pouco ele beijava e se abraçava na mãe dele (que estava sentada ao seu lado). Ele as vezes chorava, pensei que ele tivesse perdido alguém recentemente, mas já em casa conversando com minha mãe, ela me disse que já tinha visto ele antes e que ele tinha agido da mesma forma. E que em certa altura ouviu a mãe dele perguntando o que ele tinha e ele disse que estava lembrando do seu pai. Vejam só, talvez não fizesse tanto tempo assim, talvez já fizessem anos mas me senti mal por ele. Me senti mal por mim também em saber que algum dia eu vou chorar as mesmas lágrimas (e eu não quero isso nunca).
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Bom, o resto do meu pensamento eu posto mais pra frente... Estou ainda escolhendo as palavras.

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